quinta-feira, 25 de abril de 2013

"Os sábios não dizem o que sabem, os tolos não sabem o que dizem "


As recentes declarações e acusações do Governo de Transição da Guiné-Bissau em como tinha provas de envolvimento de governo cabo verdiano no tráfico de armas os rebeldes de Casamance, são infelizes e infantis.
Como um governo responsável e que quer ter credibilidade a nivel interno e externo, entra nestas infantilidades? O Governo de Transição (GT) parece que esqueceu todos os guineenses têm ainda uma memória fresca, apesar de triste do conflito militar de 7 de Junho de 1998, cujo uma das causas foi a  venda de armas entre a parte governamental na altura e os insurrectos de Ansumane Mané e Koumba Yala.
Demais, por quê só hoje fazer tais acusações? Só depois de perderem um grande apoiante do golpe e do perigo que paira sobre os restantes? Não... não devia ser esta a estratégia deste governo ,que apesar de tudo nos dirige.
Há que arranjar meios para contestar uma situação e nao arranjar bodes expiatãrios que não nos ajuda em nada, senão em nos tornar ainda  mais irresponsáveis face aos nossos vizinhos.
Ao envolver o Cabo Verde na detenção de Bubo, o GT nos mostra duas coisas: nao podem garantir garantir segurança a nenhum cidadao e não tem nenhum poder de dessuasão sobre qualquer eventual ataque de uma força estrangeira contra o nosso estado.
Parece que os homens de 12 de Abril não compreenderam ou não querem aceitar os conselhos dados pelo José Ramos Horta “ Não criem problemas com vizinhos” ou não sabem o que dizem.
                                                                      

quarta-feira, 24 de abril de 2013

E SE MALAM BACAI ESTIVESSE VIVO, SERIA INOCENTE DO NARCOTRÁFICO?

O FIM DE UMA GERAÇÃO DE NARCOGOLPISTAS?




Os recentes acontecimentos ocorridos no país podem ser o prenúncio de um fim de narcogolpistas na Guiné-Bissau.
Com entrada em cenas dos americanos, o grupo de quinta coluna e dos narcotraficantes poderá sofrer um duro revés ,mais duro do que dos jihadistas malianos e do Al Qaeda após a morte do mais temível terrorista, Osama Ben Laden.
Este pequeno país da costa ocidental africana, cujo o percurso histórico foi muito sombrio ao longo de quatro décadas da sua independência.
Um país com grandes potencialidades agrícolas e com recursos naturais suficientes para que cada cidadão pudesse ter pelo menos quatro refeições diárias caso tivéssemos uma gestão responsável e transparente da coisa pública.
Esta falta de transparência associado ao elevado índice do analfabetismo da sua população criaram bases para uma desorganização do aparelho do estado e, consequentemente ao enriquecimento ilícito pela parte de alguns dirigentes políticos/militares e, o punho de espingarda é principal meio para ascenção ao poder de principais atores da vida política, tornando num estado de maquiavelistas, de intrigas, nepotismo e clientelismo político.
A medida que o tempo passa, os guineenses (alguns) vão aprendeno o mal e recalcando a inveja e ódio ao próximo, perdendo de vista a tal: Unidade e Luta com que o PAIGC, partido libertador veio de Boé e com que muito de nós sonhava para que esta geração de hoje pudesse ter uma vida condigna, aliás nos primeiros anos da independência, já se viam os frutos desta Unidade e Luta com infraestrutras industriais em quase todos os grandes centros urbanos.
O maior período de desgraça foi justamente o 14 de Novembro de 1980, no tal Movimento Reajustador que não reajustou senão os seus próprios mentores e criou monstros e diabos. Como não há 1 sem 2, houve a mais estúpida guerra, o 7 de Junho de 1998. Que muitos reivindicaram ser mentores e até hoje estão impunes e de mais, arrogam-se de políticos de carisma sem pensar em milhares de vítimas mortais, físicas e psicológicas e de sequelas que deixou em muitas famílias.
Após o fim desta guerra, a maioria dos guineenses guiados pelo coração e sem norte, deram o seu voto àquele que viria a ser maior PALHAÇADA PALACIANA jamais conhecido no mundo, Koumba Yalá, o mais desorganizado e inocente dirigente que uma nação teve.
Este homem que sementou e incutiu na mente de seus comparsas o tribalismo, a corrupção, o ódio e como se isso não lhe bastasse, tentou e conseguiu mobilizar e apoderar-se de alguma franja das nossas gloriosas FARP, aproveitando do fator étnico-tribal e de fraco nivel de altas chefias militares.
O reinado de Koumba Yala criou problemas sérios na administração pública guineense, funcionários fantasmas, desvios de procedimento, “serpente nguli dinhero”, promoção de chefias militares,dezenas de generais em apenas 11 meses de guerra, guerra essa que a denominada Junta Militar (que juntou todos os malfeitores e criminosos a sua volta) só conseguiu vencer, com a saída das tropas do Senegal e da Guiné-Conakry deixando o então presidente Nino Vieira, um destemido antigo combatente sozinho.
Nino Vieira não perdoara a humilhação sofrida face aos homens de Koumba Yalá e de Ansumane Mané.
Do seu exilo em Portugal, Nino criou e conseguiu todos mecanismos que lhe permitiram voltar com intuito de vingar os que lhe destronaram do poder, só que esqueceu que o tempo passa e o poder também acaba.
Desafiando tudo e todos, Nino voltou, recenseou-se, concorreu e venceu a segunda volta das eleições renhidamente disputada com o homem que o substituiu na Presidência, Malam Bacai Sanha depois da sua queda e, perante contestações e apoio dos militares e Koumba Yalá, Nino foi investido Presidente da República, numa ceremónia sem honrosa presença de um Presidente estrangeiro, mesmo o presidente do Senegal, um dos países que sempre o tinha apoiado, não se dignou de deslocar-se a Bissau. Com um entourage de dinamite, Nino Vieira foi obrigado a demitir o governo do PAIGC liderado por Carlos Gomes Júnior que tinha vencido a um ano atrás, as Eleições Legislativas e cuja governação estava a ser muito bem apreciada tanto a nivel nacional como internacional.
Mas Nino tinha montado a cilado para os homens de Junta Militar, pouco meses após a sua investidura, o país foi o palco de desembarque de toneladas de droga, lembra-se de caso Biombo. O mais estranho nesta história é o envolvimento ativo de altas chefias militares neste negócio ilícito. A partir desta data, o quotidiano dos militares e alguns políticos passou a ser: o narcotráfico, assalto ao poder para facilitar o “affaire” dos narcotraficantes.
Em poucos anos, em Bissau e subúrbios nota-se construções de edifícios milionários cujo proprietários na sua maioria são militares e altos dirigentes políticos que sistematicamente levantam vozes em como as estruturas miltares estão em péssimas condições.
Quanto vezes, o agora indiciado no nacoterrorismo, António Indjal afirmou durante as visitas que fez às diferentes instalações militares criticou o estado avançado de desagradação em que estas se encontram? Fê-lo com angolanos, CEDEAO e muito recentemente a quando da chegada de Ramos Horta. Mas quantas construções tem este homem? Quelelé, Enterramento, Antula, Mansoa, Ingoré, Potche Sinho, etc.
Rapidamente a Guiné-Bissau passou a ser considerado um ESTADO NARCOTRAFICANTE.
No entanto, foram lançado avisos aos homens de uniformes para o perigo desta prática, mas fizeram-se de ouvidos surdos. Conferências de imprensa para desmentir o seu envolvimento nesse assunto e até acusaçõe de que os Estados Unidos estariam a querer denegrir a boa imagem da Guiné-Bissau e dos seus homens valentes e, como ainda são incensatos pediram na altura que os EUA mostrassem provas, até o próprio Presidente Malam Bacai Sanha,que a sua alma descanse em paz, estava ao lado dos narcotraficantes quando toda a comunidade internacional denunciou o levantamento de 1 de Abril de 2010 e condenou a nomeação de Antonio Indjal e Bubo Na Tchuto, respetivamente Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas e de Chefe de Estado Maior de Armada, apontados na altura como narcotraficantes e criminosos, Bacai afirmou e cito “Guiné-Bissau é um estado soberano”
Com a decapitação de Zamora Induta, o terreno estava propício para as atividades de narcotráfico: antigas pistas de aviação rurais foram reabilitadas e novas construidas.
O poder do executivo estava cada vez mais fragilizado, pois todo-poderoso Antonio Indjal dominava o país e Bubo Na Tchuto tinha domínio absoluto do nosso mar.
As atividades terroristas de AQMI estavam a intensificar-se no Sahel e na subregião ,e as principais fontes de receita eram a droga e tráfico de arma, Guiné-Bissau era um terreno fértil para ações de terroristas e narcotraficantes.
Semanalmente registavam-se aterragens de aviões de pequeno porte em locais inapropriados e com carregamento duvidoso, já não era dúvida para ninguém que a droga tinha dominado o nosso quotidiano. PJ tentou reagir, mas alguem mais forte estava no comando das operações de narcotráfico, perante telefonemas anônimos, ameaças aos seus agentes, Lucinda Gomes Aukharié, ex-diretora de PJ não resistiu e pediu demissão.
A nivel interno externo, o governo de Carlos Gomes Júnior (CADOGO) tinha bons indicadores económicos e principais doares da Guiné-Bissau estavam a seguir com satisfação a evolução económica do país.
Este apreço da CI ao governo de CADOGO criou inveja e ódio dos seus opositores, rapidamente, as baterias foram viradas para a Presidência, a denominada Oposição Unida tentou influenciar o defunto presidente Malam Bacai Sanha a demitir o governo de CADOGO, mas este ciente da popularidade de CADOGO e da sua boa relação com a CI, não consentiu ao pedido, contudo não facilitou a relação entre a Primatura e a Presidência. De pedido de demissão do governo ao PR passou para marchas com acusações infundadas ao chefe de governo de mentor de assassinatos de Nino Vieira, Tagme Na Uae, Helder Proença e Baciro Dabó. Bissau estava em polvorosa, os orgaos de comunicação social passaram a ser tribunais onde se fazem todas as acusações e denúncias a governação do principal alvo a atingir, CADOGO, como se isso não bastasse, criaram pretexto em acusar Angola de querer envolver-se nos assuntos internos da Guiné-Bissau através da sua missão militar-MISSANG que se encontrava no país há um ano. De imediato, as FARP tomaram partido dos opositores, Daba Na Ualna, porta-voz do Estado Maior, veio ao público dizer que a MISSANG não estava a cumprir a sua missão e que esta se interessava mais no apoio ao CADOGO e de eventual ataque contra as nossas Forças Armas, foi a gota a gota de água que fez transbordar o copo. Em todas estas palhaçadas, o povo guineense na sua esmagadora maioria continuava a dar o seu apoio firme e confiança ao homem forte do PAIGC, aliás, isto foi aprovado nas Eleições Presidenciais Antecipadas de 18 de Março de 2012 em que este teve uma grande vantagemsobre seus adversários.
Estava lançada pôlvora, cinco dos candidatos humilhantemente derrotados, em desafio a tudo e a todos, recusaram aceitar a derrota. Pretexto “fraudes eleitorais”, com falta de provas, o Supremo Tribunal da Justiça e a CNE validam os resultados da 1ª volta.
Marcada a data da sgunda volta em que CADOGO fora obrigado a disputar com Koumba Yalá, líder dos cinco, comandante e instigador das FARP após o conflito militar de 7 de Junho. Este recusa ir disputar o escrutínio e em tom de ameaça disse que não haverá segunda ,e caso alguém tentasse assumiria as consequências porque tinha ordenado suas bases para atuar, horas depois, CADOGO foi detido, é o golpe de estado: a maior derrota dos guineenses. Um punhado de guineenses rapidamente se reuniram com os autores de golpe; conclusão formação de um novo governo e Nhamdjo designado Presidente de Transição e CADOGO estava fora do baralho.
Os narcotraficantes estavam livres e imunes de qualquer perseguição e denúncia pela parte de novas autoridades de Bissau.
Bissau começou a ser palco de investida de empresário de todas as nacionalidades, a exibição e ganância era bem marcannte na cara dos narcotraficantes e dirigentes. O novo governo tinha fundos para tudo, mal havia falta de combustivel alguém dava seu apoio mas sob anonimato.
Os Estados Unidos foram os primeiros a relacionar o golpe de 12 de Abril com o narcotráfico e condenar veemente esta atitude anti-democrática perpetrada pelos homens de António Indjal, a quem já tinha considerado como um narcotraficante e altamente perigoso.
Como já estava montado toda máquina para destruiçao da rede, num jogo de esperteza que sempre nortearam os americanos, veio o famoso Runk Russel e na maior “inocência de ignorantes”, como disse o consagrado jornalista guineense, Joao de Barros, os golpistas se regozijara disto e foi tido como principal vitória contra CPLP e CADOGO; engano, mas grande engano!
Este homem, um alto agente de luta contra narcotráfico, não teve nenhuma dificuldade em penetrar na nebulosa rede dos narco guineenses, entrou, viu e controlou tudo.
Reuniões secreta, casernas, restaurantes/cafés, “toca tchur”, almoços, jantares, ceremónias de lavagem e casamentos, hóteis tudo tinha sido controlado pelos agentes infiltrados do DEA equipados com as mais altas e sofisticadas tecnologias de investigação.
Reunidas todas as provas, com gravações áudios e videos com envolvimento de altas chefias e dirigentes do país, era uma questão de tempo para lançar a operação fatal contra os narcotraficantes ligados as FARC, uma organização terrorista, segundo o governo dos EUA.
Se até aqui muita gente tinha dúvidas sobre as causas do golpe de estado de 12 de Abril e de que as pessoas fizeram da Guiné-Bissau um narco-estado, com recentes detenções de Bubo Na Tchuto e acusações de narcoterrorismo contra o Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas, Antonio Indjal, então “lala quema kau di sugundi ka ten”.
Demais, o suposto envolvimento do presidente da República de Transição, Serifo Nhamado, da sua longa ausência no país e do chefe do governo, Rui Duarte de Barros, deixa ainda mais confuso e atrapalhado os autores e apoiantes do golpe.
Como diz um provérbio chinês: “O cão não ladra por valentia, mas sim por medo”, então, percebe-se muito bem o motivo de recentes declarações das autoridades golpistas; tanto o Governo, a Presidência e mais estranhas de todas estas, são as do titular do Ministério Público.
O por quê do tal nervosismo? A operação que conduziu a detenção de Bubo e de seus homens de confiança ocorreu simultânemante em outros países da África e da América, aí também foram presas pessoas influentes,mas não ouvimos e nem se quer a imprensa estrangeira relatou a reação dos dirigentes destes países, sera que as pessoas que foram presas por aí não são cidadãos? Como um governo que diz ser legalista se deixa induzir em erros de tamanha envergadura?
Agora perebemos perfeitamente que o Ministério Público não estão ao serviço do Estado da Guiné-Bissau, mas sim em representação do golpista Nhamadjo.
Ao porta-voz do Estado-maior, a melhoria coisa que as Forças Republicanas que ele julga ser é entregar Indjal aos americanos, todo este show não vos garante nada e muito menos o povo guineense vai acudir.
O país que se debate com prolemática de droga e de politicos ou militares que cometeram maiores atrocidades contra o seu próprio povo e que vivem para seu benefício pessoal delapidando todo o bem de estado, está a beira de tomar um rumo certo, pois os dias de narcotraficantes e politiquentes estão contado e podem ter certeza de um fim iminente triste... muito triste!
Pois nenhum deles pode escapar a justiça americana, Saddam caiu, Bin Laden e muitos outros tiranos, não será este grupinho em debandada, porque não tem nem legitimidade e nem apoio popular que vai escapar ao Tio Sam.