Os
recentes acontecimentos ocorridos no país podem ser o prenúncio de
um fim de narcogolpistas na Guiné-Bissau.
Com
entrada em cenas dos americanos, o grupo de quinta coluna e dos
narcotraficantes poderá sofrer um duro
revés ,mais duro do que dos jihadistas malianos e do Al Qaeda após
a morte do mais temível terrorista,
Osama Ben Laden.
Este
pequeno país da costa ocidental
africana, cujo o percurso histórico foi muito sombrio ao longo de
quatro décadas da sua independência.
Um
país com grandes potencialidades
agrícolas e com recursos naturais suficientes para que cada cidadão
pudesse ter pelo menos quatro refeições
diárias caso tivéssemos uma gestão
responsável e transparente da coisa pública.
Esta
falta de transparência associado ao elevado índice do analfabetismo
da sua população criaram bases para uma desorganização
do aparelho do estado e, consequentemente ao enriquecimento ilícito
pela parte de alguns dirigentes políticos/militares e, o punho de
espingarda é principal meio para ascenção
ao poder de principais atores da vida política,
tornando num estado de maquiavelistas, de intrigas, nepotismo e
clientelismo político.
A
medida que o tempo passa, os guineenses (alguns) vão aprendeno o mal
e recalcando a inveja e ódio ao próximo, perdendo de vista a tal:
Unidade e Luta com que o PAIGC, partido libertador veio
de Boé e com que muito de nós sonhava
para que esta geração de hoje pudesse
ter uma vida condigna, aliás nos
primeiros anos da independência, já se viam os frutos desta Unidade
e Luta com infraestrutras industriais em quase todos os
grandes centros urbanos.
O
maior período de desgraça foi justamente o 14 de Novembro de 1980,
no tal Movimento Reajustador que não reajustou senão
os seus próprios mentores e criou monstros e diabos. Como não há 1
sem 2, houve a mais estúpida guerra, o 7 de Junho de 1998.
Que muitos reivindicaram ser mentores e até hoje estão
impunes e de mais, arrogam-se de políticos
de carisma sem pensar em milhares de vítimas mortais, físicas e
psicológicas e de sequelas que deixou em muitas famílias.
Após
o fim desta guerra, a maioria dos guineenses guiados pelo coração
e sem norte, deram o seu voto àquele que viria a ser maior PALHAÇADA
PALACIANA jamais conhecido no mundo, Koumba Yalá, o mais
desorganizado e inocente dirigente que uma nação teve.
Este
homem que sementou e incutiu na mente de seus comparsas o tribalismo,
a corrupção, o ódio e como se isso não lhe bastasse, tentou e
conseguiu mobilizar e apoderar-se de alguma franja das nossas
gloriosas FARP, aproveitando do fator étnico-tribal e de
fraco nivel de altas chefias militares.
O
reinado de Koumba Yala criou problemas sérios na administração
pública guineense, funcionários
fantasmas, desvios de procedimento, “serpente nguli dinhero”,
promoção de chefias militares,dezenas de generais em apenas 11
meses de guerra, guerra essa que a denominada Junta Militar
(que juntou todos os malfeitores e criminosos a sua volta) só
conseguiu vencer, com a saída das tropas do Senegal e da
Guiné-Conakry deixando o então presidente Nino Vieira, um destemido
antigo combatente sozinho.
Nino
Vieira não perdoara a humilhação
sofrida face aos homens de Koumba Yalá
e de Ansumane Mané.
Do
seu exilo em Portugal, Nino criou e conseguiu todos mecanismos que
lhe permitiram voltar com intuito de vingar os que lhe destronaram do
poder, só que esqueceu que o tempo passa e o poder também acaba.
Desafiando
tudo e todos, Nino voltou, recenseou-se, concorreu e venceu a segunda
volta das eleições renhidamente
disputada com o homem que o substituiu na Presidência, Malam Bacai
Sanha depois da sua queda e, perante contestações e apoio dos
militares e Koumba Yalá, Nino foi
investido Presidente da República, numa
ceremónia sem honrosa presença de um
Presidente estrangeiro, mesmo o presidente do Senegal, um dos países
que sempre o tinha apoiado, não se dignou de deslocar-se a Bissau.
Com um entourage de dinamite,
Nino Vieira foi obrigado a demitir o governo do PAIGC liderado por
Carlos Gomes Júnior que tinha vencido a um ano atrás, as Eleições
Legislativas e cuja governação
estava a ser muito bem apreciada tanto a nivel nacional como
internacional.
Mas
Nino tinha montado a cilado para os homens de Junta Militar, pouco
meses após
a sua investidura, o país
foi o palco de desembarque de toneladas de droga, lembra-se de caso
Biombo. O mais estranho nesta história é o envolvimento ativo de
altas chefias militares neste negócio ilícito. A partir desta data,
o quotidiano dos militares e alguns políticos
passou a ser: o narcotráfico,
assalto ao poder para facilitar o
“affaire” dos
narcotraficantes.
Em poucos anos, em Bissau e
subúrbios nota-se construções
de edifícios milionários
cujo proprietários na sua maioria são
militares e altos dirigentes políticos
que sistematicamente levantam vozes em como as estruturas miltares
estão em péssimas condições.
Quanto vezes, o agora indiciado no
nacoterrorismo, António Indjal afirmou
durante as visitas que fez às diferentes instalações
militares criticou o estado avançado de desagradação
em que estas se encontram? Fê-lo com angolanos, CEDEAO e muito
recentemente a quando da chegada de Ramos Horta. Mas quantas
construções tem este homem? Quelelé,
Enterramento, Antula, Mansoa, Ingoré, Potche Sinho, etc.
Rapidamente a Guiné-Bissau passou
a ser considerado um ESTADO NARCOTRAFICANTE.
No
entanto, foram lançado avisos aos homens de uniformes para o perigo
desta prática, mas fizeram-se de ouvidos surdos. Conferências de
imprensa para desmentir o seu envolvimento nesse assunto e até
acusaçõe
de que os Estados Unidos estariam a querer denegrir a boa imagem da
Guiné-Bissau e dos seus homens valentes e, como ainda são
incensatos pediram na altura que os EUA mostrassem provas, até o
próprio Presidente Malam Bacai Sanha,que a sua alma descanse em paz,
estava ao lado dos narcotraficantes quando toda a comunidade
internacional denunciou o levantamento de 1 de Abril de 2010 e
condenou a nomeação
de Antonio Indjal
e Bubo Na Tchuto,
respetivamente Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas e de
Chefe de Estado Maior de Armada, apontados na altura como
narcotraficantes e criminosos, Bacai afirmou e cito “Guiné-Bissau
é um estado soberano”
Com a decapitação de Zamora
Induta, o terreno estava propício para
as atividades de narcotráfico: antigas
pistas de aviação rurais foram reabilitadas e novas construidas.
O poder do executivo estava cada vez
mais fragilizado, pois todo-poderoso Antonio Indjal dominava o país
e Bubo Na Tchuto tinha domínio absoluto
do nosso mar.
As atividades terroristas de AQMI
estavam a intensificar-se no Sahel e na subregião
,e as principais fontes de receita eram a droga e tráfico
de arma, Guiné-Bissau era um terreno fértil para ações
de terroristas e narcotraficantes.
Semanalmente registavam-se
aterragens de aviões de pequeno porte em
locais inapropriados e com carregamento duvidoso, já não era dúvida
para ninguém que a droga tinha dominado o nosso quotidiano. PJ
tentou reagir, mas alguem mais forte estava no comando das operações
de narcotráfico, perante telefonemas
anônimos, ameaças aos seus agentes, Lucinda Gomes Aukharié,
ex-diretora de PJ não resistiu e pediu demissão.
A
nivel interno externo, o governo de Carlos Gomes Júnior
(CADOGO) tinha bons indicadores económicos
e principais doares da Guiné-Bissau estavam a seguir com satisfação
a evolução
económica
do país.
Este
apreço da CI ao governo de CADOGO criou inveja e ódio
dos seus opositores, rapidamente, as baterias foram viradas para a
Presidência, a denominada Oposição
Unida
tentou influenciar o defunto presidente Malam Bacai Sanha a demitir
o governo de CADOGO, mas este ciente da popularidade de CADOGO e da
sua boa relação
com a CI, não consentiu ao pedido, contudo não facilitou a relação
entre a Primatura e a Presidência. De pedido de demissão
do governo ao PR passou para marchas com acusações
infundadas ao chefe de governo de mentor de assassinatos de Nino
Vieira, Tagme Na Uae, Helder Proença e Baciro Dabó.
Bissau estava em polvorosa, os orgaos de comunicação
social passaram a ser tribunais onde se fazem todas as acusações
e denúncias
a governação
do principal alvo a atingir, CADOGO, como se isso não bastasse,
criaram pretexto em acusar Angola de querer envolver-se nos assuntos
internos da Guiné-Bissau através da sua missão
militar-MISSANG que se encontrava no país
há um ano. De imediato, as FARP tomaram partido dos opositores, Daba
Na Ualna, porta-voz do Estado Maior, veio ao público
dizer que a MISSANG não estava a cumprir a sua missão
e que esta se interessava mais no apoio ao CADOGO e de eventual
ataque contra as nossas Forças Armas, foi a gota a gota de água
que fez transbordar o copo. Em todas estas palhaçadas, o povo
guineense na sua esmagadora maioria continuava a dar o seu apoio
firme e confiança ao homem forte do PAIGC, aliás,
isto foi aprovado nas Eleições
Presidenciais Antecipadas de 18 de Março de 2012 em que este teve
uma grande vantagemsobre seus adversários.
Estava
lançada pôlvora, cinco dos candidatos humilhantemente derrotados,
em desafio a tudo e a todos, recusaram aceitar a derrota. Pretexto
“fraudes eleitorais”, com falta de provas, o Supremo Tribunal da
Justiça e a CNE validam os resultados da 1ª
volta.
Marcada
a data da sgunda volta em que CADOGO fora obrigado a disputar com
Koumba Yalá,
líder dos cinco, comandante e instigador das FARP após o conflito
militar de 7 de Junho. Este recusa ir disputar o escrutínio e em tom
de ameaça disse que não haverá segunda ,e caso alguém tentasse
assumiria as consequências porque tinha ordenado suas bases para
atuar, horas depois, CADOGO foi detido, é o golpe de estado: a maior
derrota dos guineenses. Um punhado de guineenses rapidamente se
reuniram com os autores de golpe; conclusão formação de um novo
governo e Nhamdjo designado Presidente de Transição e CADOGO estava
fora do baralho.
Os narcotraficantes estavam livres e imunes de
qualquer perseguição e denúncia pela parte de novas autoridades de
Bissau.
Bissau começou a ser palco de investida de
empresário de todas as nacionalidades, a exibição e ganância era
bem marcannte na cara dos narcotraficantes e dirigentes. O novo
governo tinha fundos para tudo, mal havia falta de combustivel alguém
dava seu apoio mas sob anonimato.
Os Estados Unidos foram os primeiros a
relacionar o golpe de 12 de Abril com o narcotráfico e condenar
veemente esta atitude anti-democrática perpetrada pelos homens de
António Indjal, a quem já tinha considerado como um narcotraficante
e altamente perigoso.
Como já estava montado toda máquina para
destruiçao da rede, num jogo de esperteza que sempre nortearam os
americanos, veio o famoso Runk Russel e na maior “inocência de
ignorantes”, como disse o consagrado jornalista guineense, Joao de
Barros, os golpistas se regozijara disto e foi tido como principal
vitória contra CPLP e CADOGO; engano, mas grande engano!
Este homem, um alto agente de luta contra
narcotráfico, não teve nenhuma dificuldade em penetrar na nebulosa
rede dos narco guineenses, entrou, viu e controlou tudo.
Reuniões secreta, casernas, restaurantes/cafés,
“toca tchur”, almoços, jantares, ceremónias de lavagem e
casamentos, hóteis tudo tinha sido controlado pelos agentes
infiltrados do DEA equipados com as mais altas e sofisticadas
tecnologias de investigação.
Reunidas todas as provas, com gravações áudios
e videos com envolvimento de altas chefias e dirigentes do país, era
uma questão de tempo para lançar a operação fatal contra os
narcotraficantes ligados as FARC, uma organização terrorista,
segundo o governo dos EUA.
Se
até aqui muita gente tinha dúvidas sobre as causas do golpe de
estado de 12 de Abril e de que as pessoas fizeram da Guiné-Bissau um
narco-estado, com recentes detenções de Bubo Na Tchuto e acusações
de narcoterrorismo contra o Chefe de Estado Maior General das Forças
Armadas, Antonio Indjal, então “lala
quema kau di sugundi ka ten”.
Demais,
o suposto envolvimento do presidente da República
de Transição,
Serifo Nhamado,
da sua longa ausência no país e do chefe do governo, Rui
Duarte de Barros,
deixa ainda mais confuso e atrapalhado os autores e apoiantes do
golpe.
Como diz um
provérbio chinês: “O cão
não ladra por valentia, mas sim por medo”,
então, percebe-se muito bem o motivo
de recentes declarações das autoridades golpistas; tanto o Governo,
a Presidência e mais estranhas de todas estas, são as do titular
do Ministério Público.
O por quê do tal nervosismo? A operação que
conduziu a detenção de Bubo e de seus homens de confiança ocorreu
simultânemante em outros países da África e da América, aí
também foram presas pessoas influentes,mas não ouvimos e nem se
quer a imprensa estrangeira relatou a reação dos dirigentes destes
países, sera que as pessoas que foram presas por aí não são
cidadãos? Como um governo que diz ser legalista se deixa induzir em
erros de tamanha envergadura?
Agora perebemos perfeitamente que o Ministério
Público não estão ao serviço do Estado da Guiné-Bissau, mas sim
em representação do golpista Nhamadjo.
Ao porta-voz do
Estado-maior, a melhoria coisa que as Forças Republicanas que ele
julga ser é entregar Indjal aos americanos, todo este show
não vos garante nada e muito
menos o povo guineense vai acudir.
O país que se
debate com prolemática de droga e de politicos ou militares que
cometeram maiores atrocidades contra o seu próprio povo e que vivem
para seu benefício pessoal delapidando todo o bem de estado, está a
beira de tomar um rumo certo, pois os dias de narcotraficantes e
politiquentes estão contado e podem ter certeza de um fim iminente
triste... muito triste!
Pois nenhum
deles pode escapar a justiça americana, Saddam caiu, Bin Laden e
muitos outros tiranos, não será este grupinho em debandada, porque
não tem nem legitimidade e nem apoio popular que vai escapar ao Tio
Sam.