sexta-feira, 2 de março de 2012

ANOS I GUINEENSES, ANOS TUDO I UM SOM


A CAMPANHA ELEITORAL ARRANCA HOJE

A campanha eleitoral para eleições presidenciais antecipadas de 18 de Março iniciou hoje em todo o território nacional.
Como é de tradição é altura em que os políticos  e os seus apoiantes saiem caça ao voto, apresentando os seus projectos para o desenvolvimento do país.
Numa sociedade como nossa, onde o analfabeto tem uma grande porcentagem, na maioria das vezes os políticos ao invés de apresentar projectos políticos crediveis e execuíveis, limitam-se apenas a fazer aventura de cidade à cidade, tabanca à tabanca em busca de afinidades étnico-tribais ou religiosas para conseguir votos, o que tem contribuido negativamente na construção da nação guineense.
Estas eleições de 2012 acontecem num momento peculiar da nossa história, é pelo menos a 1ª vez em que os guineenses são chamados a urna onde a comunidade internacional tem uma visão positiva do estado da nação, aliás os apoios e os discursos emitidos nos últimos tempos confirmam a nossa opinião e 1ª vez onde a grande maioria dos partidos da oposição contestam uma candidatura, evocando a sua ilegalidade sem no entanto saber mostrar verdadeiros argumentos legais que provam a sua posição.
O povo guineense, vítima de desgovernação de longa data por grande parte de políticos e sempre esperançado na melhoria ou desenvlvimento do país, parece ter muito aprendido com os erros destes ao saber nos recentes actos eleitorais mostrar o seu civismo e não se deixar de arrastar por falsos projectos ou discursos.
Infelizmente, parece que muitos políticos ainda não compreenderam ou fingem não compreender que o povo guineense agora está muito maduro e não pode ser enganado, aos que querem o poder tomando boleia na religião ou tribo em vez de ideias inovadoras, conciliadoras e realistas devem mudar de rumo, porque “povo ka burro” não há e nunca haverá o espaço para estes politiquentes na Guiné, pois o nosso saudoso lider imortal, Amilcar Cabral, combatente número da nossa independência do qual muitos hoje  reclamam o legado já tinha unido os guineenses e ninguém os separará.
É triste e lamentavel quando as pessoas sem dignidade ou honestidade evocam  o islamismo para atingir seus alvos, ninguém pode associar esta nobre religião às suas fantasias, pois está acima de todo e qualquer projecto político.“Rassadures na vota na guineense ku mereci sê konfiança, kim ku misti rassadures pa i tchoma elis na mesquita lá ku kau di rassa e não na campo de política”
Ser combatente ou filho de combatente não é razão para ser eleito Presidente da República, nao estamos na eleição de Associação dos Combatentes da Liberdade da Pátria e nem na busca dos seus herdeiros, porque o próprio Cabral dizia que a independência é o programa mínimo, o programa maior seria a construção ou desenvolvimento da nação que só os mais honestos, justos, crediveis e preparados podem cumprir, o povo guineense vai eleger aquele que possuir um projecto realista e execuível, mesmo se ontem não esteve nas fileiras dos que lutaram pela independência nacional.
A maior vitória e reconhecimento à comunidade internacional que desde sempre esteve ao nosso lado, é de pautar pelo civismo e pelo patriotismo na campanha eleitoral, no reconhecimento dos resultados que sairão das urnas e no respeito aos poderes legalmente constituidos. Porque afinal o que nos une ( Guiné-Bissau) é mais forte do que aquilo que nos pode separar.
“Anôs guineenses, anôs tudo i um som”
Que DEUS abençôe a Guiné-Bissau
Amin!
Ass IM

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